Chamada para Publicação
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REVISTA CERRADOS vol. 28, no 51, ano 2019
Chamada para Publicação
Editor Chefe: Prof. Dr. André LuÃs Gomes
A Editoria da Revista Cerrados, Qualis B1, do Programa de Pós-Graduação em Literatura da Universidade de BrasÃlia (UnB), abre chamada para artigos do Volume 28, Número 51, de 2019, com dossiê dedicado à s relações entre literatura e artes e a polÃtica. Serão aceitas contribuições em português e em francês.
Data limite para envio de artigos: 30 DE AGOSTO DE 2019
Dossiê:
Artistas e criadores, entre muros e exÃlios: trinta anos de solidão [1989-2019]
Sessão livre: Literatura e artes
Organizadores deste número (51):
Junia Barreto (Universidade de BrasÃlia – UnB)
Leila de Aguiar Costa (Universidade Federal de São Paulo – Unifesp)
Antoine de Baecque (École Normale Supérieure – ENS Paris)
Gérard Wormser (Université de Rouen, Revista Sens public)
Artistas e criadores, entre muros e exÃlios: trinta anos de solidão [1989-2019]
Evento polÃtico maior, a queda do muro de Berlim em 1989, seguida da unificação da Europa, dividida entre socialista e capitalista, anunciavam para o mundo, novos ares de liberdade, de mobilidade e de criação. Entretanto, segundo a constatação de Paul Valéry por ocasião da Grande Guerra, em 1919 (La Crise de l’Esprit), “nós outros, civilizações, sabemos agora que somos mortaisâ€. Então, nos vindos tempos da internet, sem nos servir da memória disponÃvel em rede e ignorando o passado, impetramos novas guerras, inventamos os atentados terroristas, reeditamos as mais hediondas intolerâncias e imaginamos novos muros segregacionistas em plena era de globalização. Entre os conflitos e o desmantelamento da Iugoslávia, a guerra no Iraque ou os massacres em Ruanda, os atentados de 11 de setembro de 2001, que culminaram com a destruição das torres gêmeas em Nova Iorque e a morte de milhares de pessoas, firmaram um grande divisor de águas, a partir do qual o homem se experimenta, apesar da esfera pública da web, num voo solitário, temÃvel e excessivamente individualista, isolando-se, apesar dos grupos de encontro e da exposição desmedida das
redes sociais. Choque de liberdades.
No campo das artes e da literatura, o capitalismo fomentou suas marcas nos mais diferentes domÃnios e grifes de champagne e de bolsas de luxo tornaram-se os grandes financiadores de galerias e museus. A cultura, ao se tornar fator essencialmente econômico e alvo de todo tipo de isenções fiscais, fomentou o custeio do cinema e da dança (entre outros) pelas companhias petrolÃferas, bancos e empresas de todo tipo. A literatura aproximou-se do marketing em suapolÃtica de edição e relação com autores. De forma geral, assistimos a arte se servir e girar em torno de decisores econômicos. Da irreverência da Pop art dos anos 50-60, passamos à arte de Jeff Koons, atravessada pela publicidade. Da experimentação dos surrealistas, constatamos o enrijecimento dos modelos e a presença do academicismo. A arte narcÃsica vai ao encontro da folia das ‘selfies’ e da exposição de si nas redes sociais. Tal cultura narcÃsica parece incapaz de pensar o contemporâneo. O reino das ‘selfies’ revelaria, assim, a redução do mundo à sua menor expressão? Mas os contrastes são a marca dos artistas da atualidade. De um lado, a vivência em uma era de livre e fácil acesso, momento de empowerment dos sujeitos; de outro, a experiência de destituição, da expropriação, das margens expulsas do centro afetando multidões. A experiência da marginalidade e da periferia simbolizaria um fato atual de sociedade, na qual é impossÃvel pensar sob um modo unitário? Aqueles que cultivam a nostalgia de uma tal unidade se transformariam então em integristas sectários e em advogados do poder autoritário, de Daesh a Bolsonaro. Em 1989, o escritor Salman Rushdie foi condenado à morte por um regime integrista. Impedido de residir em seu próprio paÃs, decide, como Victor Hugo, nos meados do século XIX, por seu próprio exÃlio. Estariam as aventuras culturais sensÃveis da atualidade condenadas a falar desse desconforto, desse exÃlio, dessa impotência, como o fotógrafo Sebastião Salgado, o escultor Ai Weiwei, os escritores Michel Houellebecq e Atiq Rahimi, os tantos autores de quadrinhos em torno do fenômeno da imigração ou mesmo o resistente cineasta Jean-Luc Godard? Este número da revista Cerrados propõe então refletir sobre os elos possÃveis entre a literatura e as artes plásticas, fÃlmicas, dramáticas, visuais em todo gênero e os grandes acontecimentos polÃticos dos últimos 30 anos, face ao enrijecimento global das mentalidades e das instituições. Questionamos ainda como o advento da era digital e a constatação da globalização da vida, dos hábitos e das experiências humanas têm provocado forte impacto no campo artÃstico e literário – a obra dentro de uma economia substancialmente visual, assim como seus atores e agentes.
Para toda submissão de artigos é necessário se registrar no site da revista http://periodicos.unb.br/index.php/cerrados/about/submissions e dispor de um identificador pessoal de pesquisador ORCID https://orcid.org/ . Ao menos um dos autores da contribuição enviada deverá ter a titulação de doutor. As normas de publicação estão disponÃveis na rubrica ‘submissões’.
Appel à contribution pour la Revue Cerrados
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REVISTA CERRADOS vol. 28, no 51, année 2019
Éditeur en Chef : Prof. Dr. André LuÃs Gomes
La Revue Cerrados de l’école doctorale en littérature de l’Université de Brasilia (UnB) lance un appel à contributions pour le numéro 51, volume 28, de 2019, dont le dossier sera consacré aux rapports et aux enjeux entre la littérature et les arts et la politique. Seront acceptées des contributions en français et en portugais.
Date limite : 30 AOÛT 2019
Dossier : Artistes et créateurs, entre murs et exils : trente ans de solitude [1989-2019]
Section libre : Littérature et arts
Organisateurs de ce numéro (51) :
Junia Barreto (Universidade de BrasÃlia – UnB)
Leila de Aguiar Costa (Universidade Federal de São Paulo – Unifesp)
Antoine de Baecque (École Normale Supérieure – ENS Paris)
Gérard Wormser (Université de Rouen, Revista Sens public)
Artistes et créateurs, entre murs et exils : trente ans de solitude [1989-2019]
Évènement politique majeur, la chute du mur de Berlin en 1989, suivie de l’unification de l’Europe, divisée entre pays socialistes et capitalistes, annonçait au monde de nouveaux souffles de liberté, de mobilité et de création. Cependant, selon le constat de Paul Valéry au moment de la Grande Guerre, en 1919, « nous autres, civilisations, savons aujourd’hui que nous sommes mortelles » (La Crise de l’Esprit). Alors, à l’époque d’internet, quand nous ne nous servons pas de la mémoire disponible en réseaux et dans l’ignorance du passé, nous provoquons de nouvelles guerres, nous inventons les attentats terroristes, nous rééditons les plus affreuses intolérances et nous imaginons de nouveaux murs ségrégationnistes en pleine époque de mondialisation. Entre les conflits et le démantèlement de la Yougoslavie, la guerre en Irak ou les massacres au Rwanda, les attentats du 11 septembre 2001, qui ont provoqué la destruction des tours jumelles à New York et la mort de milliers de personnes, furent comme une nouvelle ligne de partage des eaux : depuis lors, en dépit de la sphère publique du web, l’homme se voit comme un pilote solitaire, terrible et excessivement individualiste, qui l’isole malgré les groupes de rencontre et l’exposition démesurée des réseaux sociaux. Choc de libertés.
Dans le domaine des arts et de la littérature, le capitalisme a stimulé ses marques dans les plus différents secteurs et les griffes de champagne et des sacs de luxe sont désormais les principaux financeurs des galeries et des musées. La culture s’est transformée en secteur économique essentiellement voué à devenir le support de toutes sortes d’exemptionsfiscales : l’argent des compagnies pétrolières, des banques et de diverses entreprises irrigue le cinéma et la danse, et d’autres secteurs artistiques. Les politiques éditoriales et la promotion des auteurs ont rapproché la littérature du marketing. Plus généralement, nous voyons l’art courtiser les décideurs économiques. L’irrespect du Pop art des années 50-60 a fait place à l’art de Jeff Koons traversé par la publicité. Après l’expérimentation surréaliste, nous constatons le raidissement des modèles et le retour de l’académisme. L’art narcissique cautionne la folie des ‘selfies’ et de l’exposition de soi dans les réseaux sociaux. Cette culture narcissique semble incapable de penser le contemporain. Le royaume des ‘selfies’ ne révèle- t-il pas la réduction du monde à sa plus mince expression ? Tout au contraire, les contrastes sont la marque des artistes de l’actualité. D’un côté, ils partagent l’expérience de l’âge de l’accès libre et aisé, ce temps de capacitation (empowerment) des sujets ; mais par ailleurs, ils vivent l’expérience de la destitution, de l’expropriation et des marges expulsées du centre qui affectent les multitudes. L’expérience de la marginalité et de la périphérie symbolise-t-elle un fait actuel d’une société qu’il est devenu impossible de penser sous une manière unitaire ? Ceux qui cultivent la nostalgie d’une telle unité se sont transformés en intégristes sectaires et en avocats du pouvoir autoritaire, de Daesh à Bolsonaro. En 1989, l’écrivain Salman Rushdie a été condamné à mort par un régime intégriste. Interdit d’habiter son propre pays, il décide de s’exiler comme Victor Hugo au milieu du XIXe siècle. Les aventures culturelles significatives d’aujourd’hui sont-elles condamnées à traiter de ce malaise, de cet exil, de cette impuissance, comme le photographe Sebastião Salgado, le sculpteur Ai Weiwei, les écrivains Michel Houellebecq et Atiq Rahimi, et tant d’auteurs de bandes dessinées encrés sur les questions d’immigration ? N’est-ce pas aussi le cas du cinéma de résistance de Jean-Luc Godard ? Ce numéro de la revue Cerrados propose donc de réfléchir sur les rapports possibles de la littérature et des arts plastiques, filmiques, dramatiques et visuels de tous genres avec les grands évènements politiques des 30 dernières années, face au raidissement général des mentalités et des institutions. Nous nous interrogerons également sur l’impact des technologies numériques, de la mondialisation des modes de vie et de ces chocs historiques dans le champ artistique et littéraire, pour autant que les œuvres s’insèrent dans une nouvelle économie du visible, de ses acteurs et de ses intermédiaires.
Pour toute soumission d’articles, il faudra s’inscrire sur le site de la revue http://periodicos.unb.br/index.php/cerrados/about/submissions et disposer d’un identifiant personnel de recherche ORCID https://orcid.org/ . L’un des auteurs au moins devra être docteur. Les normes de publication en français sont disponibles dans la rubrique ‘soumissions’.
Appel à contributions « Filles et garçons ont-ils.elles droit à un enseignement égalitaire ? »
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NOUVELLE DATE DE TOMBÉE : 15 JANVIER 2018
Filles et garçons ont-ils.elles droit à un enseignement égalitaire ?
Sens public aborde sa quinzième année d’existence depuis ses trois implantations en France, au Québec (la revue est à l’origine du laboratoire Écritures numériques1 de l’Université de Montréal) et au Brésil. L’association est membre d’Ent’revues (qui organise le Salon de la Revue2) et du consortium européen Eurozine (eurozine.com).
Notre premier dossier, La Différence des Sexes, venait d’une Université d’été de l’Association Jan Hus où s’étaient notamment exprimés Geneviève Fraisse, Jean-Pierre Vernant, Madeleine Valette-Fondo3. Les questions de parité sont passées depuis des principes aux actes. Les indicateurs et les comparaisons internationales se multiplient. Le plafond de verre vacille, mais cela n’exclut aucun retour du refoulé et des vieux stéréotypes. « J’avais à affronter quelqu’un qui était en fait un candidat de la téléréalité, auteur de commentaires sexistes et qui dénigrait des femmes », dit Hillary Clinton, constatant que les médias ont cautionné ce style agressif.
Présentant les personnalités de femmes de la période révolutionnaire, Michèle Narvaez4évoque Constance de Salm. Celle-ci s’en prend aux représentations dominantes, cautionnées par Rousseau ou les Encyclopédistes5, qui excluent les femmes du monde social au motif de leur faiblesse et émotivité supposées. Astrid de Larminat écrivait d’elle : « En 1797, elle se fendit même d’une Épître aux femmes où elle exhorte ses semblables à sortir de l’enfance. Première femme à être admise en 1795 au Lycée des Arts, institution qui avait peu ou prou remplacé les académies supprimées au début de la Révolution, elle bénéficiait alors d’un réseau d’appuis suffisant pour se permettre ce genre de déclarations, réclamant, notamment, que les jeunes filles soient instruites comme les garçons »6
Sans égalité dans l’éducation, quelle émancipation ? A propos d’un ouvrage alors pionnier sur l’égalité des sexes à l’école, Florence Rochefort écrivait : « Geneviève Fraisse laisse la parole à deux jeunes filles pour témoigner de « comment le pouvoir vient aux garçons », et plusieurs articles analysent les effets de la division sexuelle des savoirs sur les élèves eux-mêmes. (Françoise Vouillot, Marie Duru-Bellat, Nicole Mosconi). Claude Zaidman constate la reproduction des modèles traditionnels de comportement féminin et masculin à l’école primaire, mais aussi leur utilisation par les enseignants « pour faciliter la conduite de la classe ». « La mixité scolaire, conclut-elle, peut constituer un lieu d’apprentissage du respect d’autrui mais à condition de renoncer au leurre de la neutralité éducative pour une prise en compte des différences sociales entre les sexes ». Christine Keitel, mathématicienne, confirme que « l’éducation mixte formaliste, telle qu’elle est actuellement pratiquée » contribue à la « sous-participation des femmes dans les mathématiques et les professions scientifiques »7.
Le rapport du Haut conseil à l’égalité entre les femmes et les hommes (HCE F/H) reste critique : « Inconsciemment les enseignant.e.s jugent filles et garçons selon un “double standardâ€. Cela est vrai pour les performances mais aussi pour les comportements des élèves : l’indiscipline des garçons est tolérée, vue comme un comportement fâcheux mais inévitable, alors qu’elle est stigmatisée et rejetée parfois violemment chez les filles dont on attend la docilité. Le double standard joue aussi sur l’appréciation des capacités des élèves » […] Le HCE voudrait « faire de l’égalité filles-garçons une connaissance requise pour l’obtention des diplômes d’enseignant.e.s, de personnels d’inspection, de direction, des conseiller.e.s d’orientation psychologues et des conseiller.e.s principaux.ales d’éducation en intégrant le sujet dans les concours »8.
Certes, les ressources se multiplient, comme le site CANOPE9. Autre exemple, la mise en place d’un master interdisciplinaire sur les questions de genre. Nahema Hanafi indique : « Nous ouvrirons deux parcours de master 2. Le premier, « corps et biopolitique », sera centré autour du corps, des sexualités, des violences ou encore de la santé. Il est destiné à des personnes qui veulent devenir expertes de ces questions, enseigner, faire de la recherche. Le second parcours, plus professionnalisant, sera centré sur les discriminations. Il s’adresse à ceux qui veulent devenir chargés de mission égalité dans des entreprises, responsables du recrutement, qui veulent travailler dans des associations… Il y a une vraie demande de formation continue sur ces questions. »10
Mais les choses ont-elles vraiment changé ? Marie Duru-Bellat montre le contraire dans son ouvrage tout juste paru, La Tyrannie du genre11 : « Un déguisement de princesse et un aspirateur pour les filles, un château fort et une voiture radiocommandée pour les garçons… On pourrait penser qu’un choix de jouets aussi stéréotypé appartiendrait au passé. Il n’en est rien. Une sexualisation de plus en plus marquée s’observe dans l’éducation comme dans tous les domaines de la vie sociale. Ces traitements différenciés ne sont pas systématiquement perçus comme des inégalités. Ils sont justifiés par des croyances en des distinctions essentielles, d’ordre « naturel », entre femmes et hommes. Un ensemble de discours psychologisants, de normes et de symboles en découle, qui a des conséquences multiformes sur les rôles assignés à chacun et chacune. »
Comment corriger ces outrances sans reconduire l’essentialisation des rôles assignés à chacun.e ? Les avis divergent. La critique des rapports de domination s’est appuyée sur la notion de genre. Mais passer de la conscience de ces représentations à l’idée que toute prise de position renvoie à des discours genrés, cela ne présente-t-il pas aussi le risque de réduire les individus, quel que soit leur sexe, à des rôles au lieu de promouvoir l’émancipation personnelle de chacun.e ?
En d’autres termes, pourquoi et comment l’éducation (qui ne se résume pas à la scolarisation ou à la diplomation) reste-t-elle qualitativement différente pour les jeunes, fille ou garçon, alors même que le principe de l’égalité des chances devrait conduire à une éducation indépendante du genre ? Les textes pourront, au-delà d’analyses empiriques spécifiques, aborder également les débats, loin d’être consensuels, qui s’opposent sur ce que serait une société où femmes et hommes seraient véritablement égaux.
Au nom du comité scientifique international (en cours de constitution), Michèle Narvaez-Goldstein et Gérard Wormser attendent vos manifestations d’intérêt et propositions (deux pages maxi) concernant l’égalité filles-garçons dans l’éducation avant le 15 janvier 2017.
Les articles seront attendus pour le 15 mai 2018 et seront évalués avant parution. Une seconde vague de publications aura lieu pour les projets reçus jusqu’en mars 2018, dont les textes complets seront remis d’ici à la mi-juillet 2018.
Les articles paraîtront dans leur langue originale. Les propositions non rédigées en français doivent être accompagnés d’une traduction française ou anglaise.
Voir les règles de publication ici : www.sens-public.org/article477.html .
Contact : Michèle Narvaez-Goldstein : michele-narvaez@wanadoo.fr ;
Gérard Wormser : gwormser@sens-public.org
Téléchargez le PDF de l’appel: Appel égalité éducation 26 octobre 2017_
2 Paris, du 10 au 12 novembre 2017 https://www.entrevues.org/actualites/27e-salon-de-revue-dores-deja/
4 Revue XIX, 2017 http://periodicos.unb.br/index.php/revistaXIX/article/view/26854 « Les Semeuses », http://periodicos.unb.br/index.php/revistaXIX/article/view/26855/0 « As Semeadoras »,
5 Cf : Anna Durnova http://sens-public.org/article96.html?lang=fr dans notre dossier fondateur.
6Â http://www.lefigaro.fr/livres/2007/02/01/03005-20070201ARTFIG90232-une_femme_des_lumieres_sort_de_l_ombre.php
7Â Rochefort, Fl.orence, in CLIO, 5/1997 https://clio.revues.org/423.
Sur De Manassein, M. (dir), De l’Égalité des Sexes, CNDP, 1995.
8Â http://www.haut-conseil-egalite.gouv.fr/stereotypes-et-roles-sociaux/travaux-du-hcefh/article/rapport-formation-a-l-egalite
10Â http://www.lemonde.fr/campus/article/2017/09/21/les-etudes-sur-le-genre-ont-gagne-en-legitimite_5188904_4401467.html
11 Duru-Bellat, Marie, La Tyrannie du Genre, Presses de Sciences-Po, 2017.
Appel à communication pour le Colloque International interdisciplinaire : La créativité des territoires, enjeu des formations durables ?
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Sétif, 5-6 novembre 2017
!! Appel à communication urgent (clôture le 22 mai) !!
Un  paysage  porte  l’empreinte  de  savoirs  culturels  et techniques  séculaires  en  amont  des avancées  technologiques  récentes.  Ces  avancées restent dans les formations supérieures longues, trop souvent enseignées sans pensée de l’environnement ni perspective globale de la collectivité. Pourtant, la connaissance du  terrain  est  indispensable  aux  études  relatives  à  la gouvernance  et à  la  gestion territoriale,  dans  une  relation  étroite  à  la  géographie,  à l’histoire, mais  aussi  à  la culture de ses habitants et à l’imaginaire social porté par eux. confronté  à   la   diversité territoriale,   dans   un   contexte   de   restructuration   des opérateurs économiques,  qui  peuvent se  délocaliser  très  rapidement.  Cette  situation inédite conduit pour exemple au Maghreb, à un chômage élevé des cadres, dans une situation  paradoxale  qui  crée de  la  défiance  politique  et peut  fracasser,  à  terme,  les structures  démocratiques d’enseignement  qui  œuvrent  pour  une ouverture  sociétale.
Pour  y  pallier,  les  apprentissages  de  terrain  doivent  être  développés  au  même  titre que  la recherche,  dans  des  modalités  épistémologiques  et  éthiques  attentives  à l’évolution  des métiers.  Ces  évolutions  appropriées  doivent  s’effectuer  dans  une relation  attentive  aux apports des  sciences  humaines,  en  écoute  du  terrain  et  de  la créativité  sociale.  C’est  dans la  diversité des  territoires  que  les  innovations  sont qualifiées   dans   une   logique   d’usage  prospective,  au-delà   du   court   terme   des inventions.  Les  combinaisons  les  plus  réussies de  la  coopération sont  celles  où différents  acteurs  du  terrain  peuvent  susciter  et  stimuler  un « vivre  ensemble » de leurs savoirs, leurs savoirs faire et leur créativité. Au-delà   des   compétences sectorielles   liées à l’innovation, dont l’enseignement supérieur est traditionnellement dépositaire, l’université a donc besoin de comprendre et d’enseigner des savoirs culturels et sociaux et reconsidérer les apports des  disciplines  connexes  (géographie,  histoire,  sociologie, anthropologie mais aussi littérature et arts) dans leurs multiples expressions de lien (oralités, écritures, images &  sons). Les  sciences  humaines œuvrent en  effet  en  interdiscipline  et permettent, dans  une  relation  à la  globalité  des  perceptions  humaines, de  construire le présent dans une pensée durable.
Ces  mutations  ont  peu  été  prises  en  compte  dans  les  enseignements  universitaires technologiques,  qui  doivent  à  l’avenir,  sous  peine  de  conduire  les  étudiants  au chômage, de penser l’humain et le paysage comme des ressources inventives corrélées, dans leurs expressions  et  la  résistance  de  leurs  savoirs  de  vie.  De  fait,  et particulièrement  dans  les territoires cloisonnés, tant par leur géographie  physique que par leur organisation socio administrative, l’attention doit être accordée aux ressources locales et à la collaboration entre les acteurs.
Les axes privilégiés de ce colloque interdisciplinaire sont :
Axe 1 : l’université et les territoires, expériences et enseignements croisés.
Axe 2 : place et enjeux des sciences humaines dans les formations professionnelles.
Axe 3 : outils innovants et potentialités créatives du développement universitaire.
Axe 4 : aménagement du territoire, environnement et recherche collaborative.
Calendrier de l’appel à communications :Â
Les propositions de communication1, accompagnées d’un résumé d’une page (2500 signes) et d’un bref CV, sont à adresser par mail à : sylvie.dallet@uvsq.fr et oussama.kharchi@univ-setif.dz, ainsi que déposées sur le site Internet dédié au colloque http://www.univ-setif.dz/OCS/CTEFD avant le 22 mai 2017
 Les réponses aux propositions seront envoyées au plus tard, le 15 juin 2017.
Les textes complets des communications retenues doivent être transmis au plus tard le 7 septembre 2017 sur des modalités précisées sur le site internet dédié.
Télécharger le PDF de l’appel : Appel à com la créativité des territoires UFAS1 v3
Colloque « La photographie au théâtre »
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La photographie au théâtre
écrits théoriques, oeuvres dramatiques, spectacles, programmations théâtralesÂ
XIXe-XXIe sièclesÂ
Colloque international 23, 24, 25 novembre 2017 à l’INHA Paris
Organisé par BRIGITTE JOINNAULT (Université Côte d’Azur/UMR THALIM/Arias)
Partenariats : UMR THALIM (Sorbonne Nouvelle/CNRS/ENS) ; CRILCQ – Université de Montréal ; PRint – UQAM ; CTEL – Université Côte d’Azur, autres partenariats en cours.
Télécharger l’appel : appel_photographie_theatre_fevrier17
L’objet de ce colloque est d’interroger la manière dont, de la fin du 19e siècle à nos jours, notre rapport au fait photographique (ses images, ses objets, ses techniques, ses procédés, ses praticiens et ses usagers) est mis en jeu dans les pratiques théâtrales (textes dramatiques, spectacles et programmations) et dans les écrits sur le théâtre. Comment ce rapport devient-il source d’inventions et de réflexions pour le théâtre, objet privilégié pour questionner aussi bien l’être humain dans sa présence à soi, à l’autre et au monde que le geste théâtral lui-même ? Quelles conceptions et/ou quelles représentations de la photographie les artistes et les théoriciens adoptent-ils ou forgent-ils lorsqu’ils s’en servent pour questionner le théâtre ? Dans quelles mesures le théâtre peut-il être, à l’instar de la littérature, considéré comme un « observatoire » ou comme un « laboratoire » de la photographie et de ses mutations ?
L’ouverture historique et géographique de ce colloque est volontairement large car dès ses origines et à chaque grand tournant de son histoire la photographie a exercé sur les praticiens et les théoriciens du théâtre une influence esthétique profonde, que celle-ci s’offre visiblement dans les écrits et dans les oeuvres (comme cela s’observe depuis l’entrée dans l’ère du numérique et des technologies mobiles, en particulier dans les écritures anglophones et d’Amérique du Nord) ou que son travail demeure plus imperceptible (aussi bien aux premières heures de la photographie, que dans des oeuvres actuelles où l’invisibilité de la photographie dans l’écriture dramatique d’un auteur va parfois de pair avec une présence beaucoup plus manifeste dans son écriture romanesque).
La photographie sera considérée aussi bien dans ses fonctions documentaires que fictionnelles, dans ses pratiques artistiques qu’extra-artistiques, dans ses procédés et ses technologies que dans ses usages et ses réceptions. Nous nous intéresserons à la matérialité, au vocabulaire, aux discours qui constituent ses réalités ainsi qu’aux représentations imaginaires, aux mythologies et aux pouvoirs fantasmés qui lui sont associés et que le théâtre peut manifester ou contribuer à entretenir et à forger.
Cinq axes de réflexion sont envisagésÂ
1) Quels rôles dramaturgiques les objets (appareils, bacs, pellicules, négatifs, clichés, logiciels, albums, fichiers), les gestes et les actes (cadrage, pose, prise de vue, développement, révélation, montage, traitement numérique), les lieux (chambre noire, cabine de photomaton, studio, galerie, écran, disque dur) de la photographie, ses acteurs (photographes, photographiés, utilisateurs), ses modes de production et de réception jouent-ils dans les textes et sur les scènes ? Comment le théâtre met-il en scène des manières, plus ou moins réalistes, plus ou moins critiques, plus ou moins inattendues, d’appréhender le médium photographique, ses pouvoirs et ses effets ?
2) Comment l’existence et les modalités de la photographie nourrissent-elles l’imaginaire des praticiens du théâtre, les influencent-elles, les amènent-elles à se questionner, leurs servent-elles de modèles ou de contre-modèles ? Comment participent-elles aux mutations des pratiques théâtrales, aussi bien dans les démarches de création et dans les lieux de transmission (on pourra notamment questionner l’usage des photographies dans les formations en arts du spectacle) que dans les esthétiques dramatiques et scéniques ? Comment ses techniques de révélation, ses fonctions de conservation, les effets d’attestation que ses images peuvent produire affectent-ils un art fait lui-même de scènes de reconnaissance, de dévoilement, de stratégies de révélation brutales ou progressives, de structures fondées sur la reviviscence, de convocations mémorielles ? Quels rôles l’apparition et le développement du médium photographique ont-ils pu exercer dans les évolutions historiques du théâtre moderne et contemporain ?
3) Comment, par le biais de faits et de métaphores photographiques (notamment celle de la chambre de l’imagination), les auteurs, les metteurs en scène et les scénographes interrogent-ils les interactions entre l’image et le verbe, entre le visuel et le sonore, et proposent-ils des expérimentations concrètes des phénomènes de mémoire, de rêve et de perception ? Comment la mise en jeu de l’expérience photographique, de sa possibilité ou de son impossibilité, sert-elle au théâtre à expérimenter sa propre capacité à produire un questionnement sensible sur l’humain, ses capacités de présence et d’écoute, son appréhension de la mort, de la disparition, ses rêves de résurrection ?
4) Quelles sont les motivations des programmateurs de théâtre lorsqu’ils invitent l’art photographique dans les lieux voués à la programmation théâtrale ? Que proposent alors les photographes et commissaires d’exposition invités aux publics des saisons ou des festivals de théâtre ? Observe-t-on une contamination mutuelle du théâtre et de la photographie ? Les rencontres effectives entre les pratiques et les spectateurs produisent-elles des troubles, des hybridations, des décentrements ?
5) Comment les écrits sur l’art, et sur la scène théâtrale en particulier, envisagent-ils les liens entre des pratiques scéniques ou performatives éphémères et des pratiques qui produisent des objets qui peuvent avoir vocation à être conservés et reproduits, comment se servent-ils des propriétés des pratiques photographiques, de ses gestes et de son histoire, pour penser ceux de la scène ou réciproquement ? Pourront également être questionnés dans ce cadre, d’un point de vue théorique et méthodologique, les effets des usages illustratifs de la photographie dans les pratiques historiographiques.
Ce colloque s’inscrit dans la continuité d’un programme de recherche initié en 2011 sur les formes de présences de la photographie dans les écritures théâtrales (FoPPhET), et se propose, tenant compte de l’intérêt pour les relations théâtre et photographie manifesté dans des travaux récents, de fédérer des chercheurs déjà engagés dans ce questionnement mais aussi de susciter de nouveaux travaux dans un esprit transdisciplinaire (études théâtrales, études photographiques, philosophie et histoire de l’art, intermédialité).
MODALITES DE SOUMISSION DES PROPOSITIONSÂ
Les propositions de communication comprenant un titre, un résumé de 500 mots, une notice bibliographique et les coordonnées de l’auteur sont à envoyer d’ici le 31 mars 2017 dans un unique fichier identifiable par le nom de l’auteur à : colloque.photo.theatre@gmail.com.Â
Les participants sélectionnés par le comité scientifique seront contactés par courriel au plus tard le 31 mai 2017.
COMITE SCIENTIFIQUEÂ
Didier Aubert (Univ. Sorbonne Nouvelle – Paris 3/ THALIM)
Anne-Françoise Benhamou (ENS/Univ. PSL/THALIM)
Mildred Galland-Szymkowiak (CNRS/THALIM)
Brigitte Joinnault (Univ. Côte d’Azur/CTEL (EA 6307)/ THALIM)
Jean-Marc Larrue (Univ de Montréal/CRILQC/CRIalt)
Marie-Christine Lesage (Univ. du Québec à Montréal/PRint, Pratiques Interartistiques, École supérieure de théâtre)
Servanne Monjour (Univ. de Montréal/ Théolinum, CRC sur les écritures numériques)
Magali Nachtergael (Univ. de Paris 13/Pléiade (EA 7338))
Julie Noirot (Univ. Lyon 2/Passages XX-XXI (EA 4160))
Julie Sermon (Univ. Lyon 2/Passages XX-XXI (EA 4160))
L’ontologie du numérique. Entre mimésis et réalité (CFP)
Appels à contribution, Culture numérique.commentaires fermé
Dossier Sens public (sens-public.org)
sous la direction de Servanne Monjour, Matteo Treleani et Marcello Vitali-Rosati
Dans sa longue notice (auto)biographique publiée sur Le Tiers livre, François Bon prédit en ces termes la fin de sa vie et l’aboutissement de son Å“uvre :
Évolution progressive et définitive du site Tiers Livre en arborescence d’oeuvre transmedia et préparation d’un verre sphérique inaltérable et indestructible incluant la totalité de cette oeuvre unique.
Déclare dans son dernier billet de blog : “J’aurais pu faire ma vie autrement, mais je n’y avais pas pensé avantâ€. Cependant, la révélation que l’auteur habitait depuis de nombreuses années dans son site Internet provoque un certain émoi et beaucoup de sensation et d’interrogation dans le monde numérique et littéraire.
Non sans humour, l’écrivain souligne la fusion qui s’opère aujourd’hui entre les espaces numérique et non numérique, ou du moins le brouillage constant des frontières entre ce qui relève traditionnellement du « réel » et de l’« imaginaire ». En vérité, ce brouillage n’a rien d’inédit, aussi dirons-nous que le numérique permet de réinvestir certaines problématiques ontologiques qui ont traversé l’histoire de la pensée – en y ajoutant au passage ses propres paradoxes.
D’un côté en effet, la notion de représentation a été largement utilisée pour analyser l’effet de nos écrans numériques, bien que l’on puisse regretter l’aspect restrictif d’une telle approche qui, essentiellement concentrée sur la dimension visuelle des médias numériques, occulte tout ce qui se trouve du côté des pratiques – l’analyse du concept d’interface, proposée par Alexander Galloway permet d’ailleurs d’y remédier (Galloway, 2012). D’un autre côté, le terme « réalité » (augmentée ou virtuelle) n’a cessé d’être convoqué afin de définir le statut des mondes numériques – l’adjectif « virtuel » ayant alors pour fonction d’affirmer une progressive perte de la matérialité du rapport avec l’espace dit réel (Serres 1994, Koepsell 2000, Virilio 1996). Aujourd’hui enfin, de plus en plus de chercheurs s’accordent à dire que nous vivons dans un espace hybride (Beaude 2012, Vitali-Rosati, 2012, Floridi 2014), où les distinctions entre réel et numérique n’ont plus de sens…
Dans ce contexte, les narrations transmédia s’emploient elles aussi à repousser les frontières entre mondes fictionnels et monde(s) réel(s), en s’appuyant notamment l’engagement des spectateurs (Jenkins, 2008). Les produits en réalité augmentée mélangent désormais la vision du monde qui nous entoure avec des éléments ludiques ou issus de la fiction. Le statut de ces nouvelles narrations est complexe : comment qualifier les tweets de Clara Beaudoux dans son Madeleine project, ou ceux de Guillaume Vissac dans Accident de personne ? Comment décrire le projet tentaculaire qui se construit depuis près de 20 ans autour du Général Instin, investissant l’espace web autant que l’espace urbain ? S’agit-il d’écriture documentaire, journalistique ou fictive ? Cette question est-elle encore seulement pertinente ? Quel est le statut de produits comme le jeu Pokemon Go ou les Street view trek proposés par Google ?
Si le brouillage des frontières ontologiques est devenu un caractère constitutif du numérique, il n’en soulève pas moins de nombreuses questions : peut-on véritablement déclarer que les notions de représentation, de réel, ou de virtuel sont définitivement périmées ? Ou faudrait-il, au contraire, réaffirmer leur intérêt et leur pertinence, du moins d’un point de vue heuristique ? Peut-on parler d’une problématique « ontologique » dans la culture numérique ou s’agit-il d’une querelle de mots ?
Ce dossier se conçoit comme un champ d’exploration de ces problématiques, dans une perspective résolument interdisciplinaire, accueillant tout autant la philosophie, l’esthétique, les études littéraires, la sémiologie, la sociologie ou les sciences de l’information et de la communication. Des arts numériques à la littérature hypermédiatique, en passant par les web documentaires et les jeux vidéo, de nombreux domaines permettent en effet d’investiguer ces dichotomies apparemment périlleuses entre représentation et réalité, réel et imaginaire, fiction et documentaire… Parmi les sujets traités, pourront notamment figurer (à titre indicatif) :
-   le rapport entre espace numérique et espace non numérique
-   les récits de soi
-   les créations en réalité virtuelle
-   la réalité augmentée
-   les interactions entre jeux vidéos et monde réel
-   le rôle documentaire des produits numériques (web documentaires, web-séries…)
-   les récits transmédia et l’engagement des publics
-   l’emploi du web sémantique ou des objets à des fins créatives
-   l’actualité du concept de mimesis
-   les enjeux du concept de vérité à l’époque du numérique
Les textes, compris entre 35 000 à 60 000 signes (illustrations bienvenues), doivent être adressés à la rédaction de Sens public (redaction@sens-public.org).
 CALENDRIER :
-Â Â Â 1er juillet : remise des textes
-   31 août : avis d’acceptation
-Â Â Â 1er octobre : publication du dossier
BIBLIOGRAPHIEÂ :
Aristote, Poétique, Paris, Le Livre de Poche, 1990.
Auerbach, Erich, Mimésis : la représentation de la réalité dans la littérature occidentale, Paris, Gallimard, 1977.
Beaude, Boris, Internet. Changer l’espace, changer la société, Limoges, FYP éditions, 2012.
Bolter, Jay-David & Richard Grusin, Remediation. Understanding New Media, Cambridge, Mass., MIT Press, 1999.
Bon, François, Après le livre, Paris, Seuil, 2011.
Bunia, Remigius, « Diegesis and Representation: Beyond the Fictional World, on the Margins of Story and Narrative ». Poetics Today 31, no 4 (1 décembre 2010), p. 679‑720.
Cassou-Nogues, Pierre, Mon zombie et moi. La philosophie comme fiction, Paris, Seuil, 2010.
Floridi, Luciano, The 4th revolution: how the infosphere is reshaping human reality, New York, Oxford, Oxford University Press, 2014.
Fourmentraux, Jean-Paul (dir.), Digital Stories. Art, design et culture transmédia, Paris, Hermann, 2016.
Galloway, Alexander R., The Interface Effect. Cambridge,UK ; Malden MA, Polity, 2012.
Jenkins, Henry, Convergence Culture: Where Old and New Media Collide, New York, NYU Press, 2008.
Koepsell, David R., The Ontology of Cyberspace: Philosophy, Law, and the Future of Intellectual Property, Chicago, Il, Open Court Publishing, 2003.
Larsonneur, Claire, Arnaud Regnauld, Pierre Cassou-Nogues, Sara Touiza, Le sujet digital, Dijo, Presses du réel, 2015.
Lavocat, François, Fait et fiction: pour une frontière, Paris, Seuil, 2016.
Lévy, Pierre, Qu’est-ce que le virtuel ?, Paris, La découverte, 1998.
Manovich, Lev, The Language of New Media, Cambridge, Mass., MIT Press, 2001.
Monjour, Servanne, Marcello Vitali-Rosati et Gérard Wormser, « Le fait littéraire au temps du numérique. Pour une ontologie de l’imaginaire », Sens Public, décembre 2016.
Orlando, Francesco, Les objets désuets dans l’imagination littéraire, Paris, Classiques Garnier, 2013.
Platon, La République, Paris, Flammarion, 2002.
Rodionoff, Anolga, Les territoires saisis par le virtuel, Rennes, PUR, 2012.
Ruffel, Lionel, Brouhaha, les mondes du contemporain, Lagrasse, Verdier, 2016.
Serres, Michel, Atlas. le Grand livre du mois, Paris, Flammarion, 1994.
Sartre, Jean-Paul, L’imaginaire, Paris, Gallimard, 1940.
Vitali-Rosati, Marcello, « What Is Editorialization ? » Sens Public, 4 janvier 2016.
Virilio, Paul, Cybermonde, la politique du pire, Paris, Textuel, 2010.
Vial, Stéphane, L’être et l’écran, Paris, PUF, 2013.
Appel à contributions : « Écritures numériques et éditorialisation » (limite: mai 2014)
Appels à contribution, Culture numérique, Séminaire Sens Public.commentaires fermé
Parallèlement au séminaire Sens Public « Écritures numériques et éditorialisation » organisé en partenariat avec l’IRI, qui se tient mensuellement, en duplex, au Centre Pompidou de Paris et à l’Université de Montréal, autre partenaire avec la MSH Paris-Nord, la revue internationale Sens Public ouvre un dossier éditorial sur les questions de l’écriture numérique et de leur éditorialisation.
Argument
Les technologies numériques ont profondément changé notre culture. Il ne s’agit pas simplement de nouveaux outils mis à notre disposition : les pratiques numériques ont modifié notre façon d’habiter le monde. L’analyse du monde numérique doit donc être en premier lieu une réflexion sur la culture numérique et non seulement sur les outils. Pareillement, avec le changement des supports, des modalités de publication, des mécanismes de visibilité, d’accessibilité et de circulation des contenus, c’est l’ensemble de notre rapport au savoir qui se trouve remis en question.
En particulier, dans l’espace d’action qu’est aujourd’hui Internet, l’écriture occupe une place centrale. L’espace du web est un espace d’écriture. Interroger les pratiques d’écriture à l’ère numérique devient donc fondamental. Qu’est-ce qu’écrire ? Quelles sont aujourd’hui les modalités de l’écriture ? Quels sont les dispositifs de structuration et d’agencement des contenus en ligne ? Que devient l’auteur ? Quels modèles économiques faut-il imaginer ?
Dossier éditorial
Comprenant trois espaces apparentés et distincts, le dossier est ouvert à :
1) Des travaux théoriques portant largement sur l’écriture et le numérique – ces articles de réflexion et de recherche peuvent aborder des questions diverses telles que la littérature sur Internet, le multimédia, le rapport de la temporalité et de l’écriture, les nouvelles modalités de lecture et d’écriture, la fiction, l’auteur, les nouveaux réseaux d’édition, les nouveaux supports… à titre d’indication et pour exemple.
2) Des Å“uvres créatives – cet espace créatif et artistique présentera des Å“uvres originales, individuelles ou collectives, produites à l’aide des outils numériques afin d’en illustrer l’usage dans le domaine de la création.
3) Des études sur les questions de gouvernance – cet espace actualisera les réflexions contemporaines portant sur les questions économiques (par exemple la gratuité de contenus éditoriaux sur Internet, la question de leur financement, la concurrence des grands sites de vente tels qu’Amazon, le positionnement de Google…), sur les droits d’auteurs, sur l’éthique du Web (en rapport avec le flux commercial sur Internet ou la frontière du public et du privé), parmi d’autres possibles.
Éditées sur la revue en ligne Sens Public, les propositions sont attendues jusqu’à mai 2014. Les travaux seront publiés entre le mois de décembre et le mois de juin, après soumission au Comité de lecture du dossier.
Contact et réception des textes : Carole Dely – carole.dely@sens-public.org
Appels à contributions : Peut-on regarder Méduse ?
Appels à contribution.commentaires fermé
La revue de littérature et d’arts modernes MuseMedusa lance un appel à contributions pour son premier dossier consacré à l’une des figures mythiques les plus fécondes dans le domaine de l’art et de la littérature, la Méduse.
Créatures malfaisantes d’allure monstrueuse, les Gorgones incarnent dans l’imaginaire culturel occidental le pouvoir mortifère conféré au regard pétrifiant de certaines femmes. Persée, le héros, sut comment s’approprier cette puissance du féminin en tranchant la tête de Méduse, la plus dangereuse des Gorgones mais aussi la seule mortelle des trois sœurs, l’offrant à Athéna qui en para son bouclier afin de conserver le redoutable pouvoir de Méduse. Cette force féminine à domestiquer n’a pas cessé de se renouveler en dépit de toutes les tentatives qui ont été menées pour l’anéantir. Semblable à une hydre de Lerne qu’Hercule tua, Méduse a la capacité de se régénérer symboliquement de ses mises à mort. Dans les textes anciens et à travers l’histoire culturelle, Méduse a pris différents traits et continue de narguer tous les Persée.
L’ambivalence semble être ce qui sous-tend le rapport que l’art et la littérature peuvent entretenir à Méduse. Ce féminin menaçant reste malgré tout un objet de fascination. La tête coupée de Méduse, figuration de l’organe féminin, inspire à Freud son interprétation de la figure myth(olog)ique comme symbole de la castration. Proust écrit dans Sodome et Gomorrhe : « Quand je ne suivais que mon instinct, la méduse me répugnait à Balbec ; mais si je savais la regarder, comme Michelet, du point de vue de l’histoire naturelle et de l’esthétique, je voyais une délicieuse girandole d’azur ». Si jusqu’à la fin du XIXe siècle, le mythe de Méduse n’est repris que ponctuellement (dans l’opéra Persée de Lully ou la peinture romantique Le radeau de la Méduse de Géricault, par exemple), nombreux sont les exemples témoignant du double mouvement de fascination et de répulsion qui anime les créateurs du tournant du siècle à nos jours. Il suffit de penser aux Forces du mal et les trois Gorgones de Klimt, à Persée de DalÃ, à Mrs. Edward Mayer as Medusa de Madame Yveonde, à Medusa Head de Keith Haring dans les arts visuels ; au poème « Medusa » de Sylvia Plath, au « Rire de la Méduse » d’Hélène Cixous, à L’enfant Méduse de Sylvie Germain, au Nom sur le bout de la langue suivi de Petit traité sur Méduse de Pascal Quignard, à La danse de la Méduse de Laurence Prud’homme dans le domaine littéraire ; au tout dernier film de Tim Burton, Dark Shadows ; à la performance Étude documentaire : la tête de Méduse d’Orlan ou à la chorégraphie Méduse ou la tête de Gorgô de Guylaine Savoie.
Face à l’effroi, à la panique voire à la paralysie, la question s’impose : comment regarder Méduse ? Est-il possible d’affronter son regard ? D’autres questions surgissent : à quelles représentations Méduse a-t-elle donné naissance depuis la modernité à aujourd’hui, comment nourrit-elle les œuvres littéraires et artistiques ? Quel est son pouvoir à signifier à différents moments de l’histoire culturelle ? À quelle fin les créateurs et les créatrices usent-ils du mythe de Méduse, par quels moyens le déplacent-ils ? Comment aborder un féminin perçu comme terrifiant, repoussant, à  la fois diabolique et sublime ? C’est à l’exploration de ces pistes de réflexion et de bien d’autres que convie le premier numéro de la revue.
Contributions (30 000 Ã 40 000 signes, espaces compris) Ã envoyer au plus tard
le 1er avril 2013
à  Catherine Mavrikakis et Andrea Oberhuber
Plus d’informations sur le site http://musemedusa.com/annonce/appels-a-contributions/
Appel à contribution pour la seconde Conférence du Forum balkanique en sociologie (9 et 10 novembre 2012)
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Date : 9 au 10 novembre 2012
Lieu : Sofia (Bulgarie)
La Conférence est organisée par le Forum balkanique en sociologie et l’Association bulgare en sociologie et soutenue par l’Association internationale de sociologie. Elle aura lieu en parallèle avec le 13è Congrès de l’Association bulgare de sociologie.
Cliquer ici pour plus d’informations.
Appel à contribution pour le colloque : « Le sport : de sa diffusion globale à ses pratiques locales » (21 et 22 juin 2012)
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Date : jeudi 21 et vendredi 22 juin 2012
Lieu : Université Paris Descartes – UFR STAPS – 1 rue Lacretelle – 75015 Paris
Pour soumettre une proposition, envoyez un résumé de 2000 signes environ à l’adresse mail ci-dessous pour le 21 mai au plus tard : sport.localglobal@gmail.com
ENTRÉE LIBRE POUR LES AUDITEURS.
Participation au colloque : gratuit pour les doctorants, 20 Euros pour les docteurs et 80 Euros pour les enseignants-chercheurs.
Colloque organisé par :
David Sudre : davidsudre@hotmail.com
Mylène Douet Guérin : mylenedo@hotmail.com
Matthieu Genty : matthieu.genty@gmail.com
Diane Debeauquesne : dianedebeauquesne@hotmail.com